sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sobre a saída do Sr Enfº Pedro Marques para o Reino Unido e da sua carta ao Exmo Sr Presidente da República

Coitadinha da criatura (e das outras 24 criaturas) que abandonaram o país!
E sabem quantos milhares já saíram e não quiseram protagonismo numa tentativa desesperada de arranjar trabalho por cá?
E sabem quantos ainda cá estão a gramar com esta porcaria toda, todos os dias, cada vez com menos condições de trabalho e menos dignidade?
E sabem quantos dos que cá estão pensam todos os dias em ir embora?
E que tal pegarmos em alguns enfermeiros do público, do privado e do "público"* e fazermos uma reportagem para saber o que têm eles a dizer a estes projectos de enfermeiros que nunca trabalharam e que nunca vão saber o que é trabalhar nas condições que cá temos?

Fiquei incomodada com toda a atenção que foi dada a este recém-licenciado que nem sabe o que é ser enfermeiro e que vai para um país onde os enfermeiros portugueses face à sua formação académica podem por vezes ser equiparados a médicos.

Lamento, nisto tudo, a postura dos nossos Sindicatos que em nada nos defendem e da nossa Ordem dos Enfermeiros que não dá a cara em nada.

Um dia, quando eu que tenho 6 anos de profissão e muito mais conhecimento académico que aquele que a Licenciatura me deu, quiser sair deste pedaço de terra, vou escrever uma carta mas é à Ordem dos Enfermeiros e ao Ministério da Saúde e do Trabalho e não vou chamar os jornais.

* escrevi propositadamente um segundo público entre parêntesis para designar aqueles que como eu pertenço a uma EPE, tenho um CIT e levo por tabela como um funcionário público sem qualquer regalia a que estes últimos têm direito.

Passado

Há dias lembraram-me o giro que era o meu último namorado. E sim era, e nos meses que estivémos juntos ficou cada vez melhor verdade seja dita.
Com as mudanças que fiz na minha vida talvez no dia de hoje a nossa relação existisse.
Acredito que não tenha deixado aquela relação andar, que não o deixei amar-me, que não o deixei conhecer o melhor de mim. Não tive tempo para ele, para nós, para mim.
Hoje digo-te obrigada pelo que me fizeste ver, pela ajuda que um ano depois me dás, pela lição, pelos momentos em que me fizeste muito feliz. Por me teres feito rir e sorrir tantas vezes. Por me teres abraçado. Obrigada.