terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Depois do "assalto" ao roupeiro

passei por algumas lojas onde sempre adorei comprar roupa e não gosto de nadinha de nada.
Crise de Identidade.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

2 lágrimas

Cheguei agora a casa de fazer noite. Vou dormir um bocadinho e daqui a nada estarei a fazer o turno da tarde.
Há 4 anos que não passo o Natal com a minha avó O.
Tenho saudades dela.
Não sei se terei muitos Natais para a compensar e sinto-me culpada por não me ter esforçado para os ter.
Desculpa avó. Amo-te muito.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

Limpeza

foram dois sacos enormes de roupa para doar, roupa que já se amontoava no armário e que realmente já não vestia.
Não me custa desfazer-me dela, até porque irá ajudar alguém, custa-me é pensar no dinheiro que hei-de gastar para comprar coisas novas. Dasssssss

Entretanto, para compensar, o meu querido amigo Â, escolheu a minha roupa, penteou-me, maquilhou-me e estou poderosíssima! No jantar de aniversário da D, que veio de Málaga passar cá uns dias, acho que a estrela vou ser eu. Vou engatar hoje? Não, claro que não. Não sou assim. Mas se fosse a pessoa certa...talvez.

Tou f*****

amanhã vão-me ao guarda-fatos e cá para mim roupa de inverno vai sobrar zero!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

E não é que o gajo é podre de bom em todos os aspectos?
O raio das hormonas andam cá a saltitar de uma maneira!
GOD!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A minha árvore de Natal

está practicamente vazia.
Nua de cores, nua de luzes.
Nua de felicidade.
Nua de amor.
Nua de esperança.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Porque...

me queixo muito mas também me mimam.
Porque adoro chá.
Porque adoro presentes mesmo os que não são embrulhados.
Porque hoje é domingo e estou em casa sozinha mas penso nos meus sonhos e esperanças.
Obrigada

Poema

Desde que a "conheci" sempre me identifiquei com a escrita da Florbela Espanca.
Disse muitas vezes: "Deixem-me ser pequenina".
A J. uma amiga do coração, colega de curso e de alma, dedicou-me este poema numa das fitas de fim de curso.

Pequenina

És pequenina e ris ... A boca breve
É um pequeno idílio cor-de-rosa ...
Haste de lírio frágil e mimosa!
Cofre de beijos feito sonho e neve!

Doce quimera que a nossa alma deve
Ao Céu que assim te faz tão graciosa!
Que nesta vida amarga e tormentosa
Te fez nascer como um perfume leve!

O ver o teu olhar faz bem à gente ...
E cheira e sabe, a nossa boca, a flores
Quando o teu nome diz, suavemente ...

Pequenina que a Mãe de Deus sonhou,
Que ela afaste de ti aquelas dores
Que fizeram de mim isto que sou!

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"

Preciso

de colo, de quem cuide de mim.
Afogo-me no trabalho.
Hoje que tenho tempo para não trabalhar (e mesmo assim vou trabalhar à noite), vejo-me perdida nestas minhas 4 paredes cheia de trabalho que não quero fazer.
Casa para arrumar, roupa para tratar, gatos para dar atenção.
Não quero, não consigo.
Estou mal disposta, nauseada. O frigorífico está practicamente vazio. Se quero cozinhar ou comer alguma coisa de jeito tenho que sair de casa e ir às compras, mas hoje tenho multidões e não quero nem barulho nem confusão.
O trabalho consome-me tanto que não me deixa tempo para ser feliz. Nem sei como ontem consegui ser egoista e ter esse tempo para mim.
Falta quem cuide, quem se preocupe (sim já sei que o despachei em 3 tempos mas esse não era O TAL).
A mãezinha e o paizinho davam jeito nestas alturas, mas não há. Lá terei que me erguer e seguir em frente como todos os dias. Estou cansada, pronto.

Malas

Tenho muitas. Quase todas grandes. As pequenas tenho dificuldade em compreendê-las, principalmente porque nem a minha carteira lá consigo meter.
Tenho sempre a mala a abarrotar de tralha.
Hoje falo só do estojo.
Este é o meu. Feito pela mami D, com o sei especial jeitinho para estas coisas.
Lá para dentro há de tudo.
Canetas, de todas as cores, que muitas vezes são a salvação para crianças agitadas.
Lápis, borracha, corrector de fita.
Canetas de acetato para escrever no quadro do serviço e para identificar medicação.
Tesoura.
Garrote.
Papéis com anotações.
Baton do cieiro.
Creme para as mãos.
De vez enquando ainda lá pára um pacote de lenços, a caixa das lentes de contacto e o telemóvel.
É tudo...
Sim o estojo é grandote.

Zilian

apontaram-me para a porta da entrada.
Agora sei onde é, estou f*****

Cartão de crédito já a esconder-se!

Sorrir sempre, apesar de...



Faz-me chorar mas adoro ouvir esta música pela esperança.

Mais uma vez

as grandes intempéries da minha vida tomaram-me conta da cabeça, ou melhor dizendo do cabelo!
GOOD!

Desta vez a culpa não foi só minha. O Â teve muito dedo nisso, mas a ele entrego-lhe a minha vida de olhos fechados, não fosse ele uma das pedras preciosas do meu chão.
Imprevisísivel

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Just The Way I am

Chegava para me aconchegar...

Um bocadinho de mim

Em jeito de copiar-te apresento-me:
- Nascida no Minho, em casa, pelas mãos da minha avó materna enfermeira
- Filha única
- Saí de casa para estudar "fora" aos 15 anos e nunca mais voltei para casa dos pais, de 50Km passei para os 500km e já lá vão 11 anos
- Tenho uma relação distante com os meus pais
- O meu pai do coração é o meu tio/padrinho materno
- Sou enfermeira de vocação
- Paliativista por paixão (a aguardar que me dê uma fúria para acabar a tese de Mestrado em Cuidados Paliativos mas já trabalho nessa área)
- Sei tocar piano, acordeão, guitarra e saxofone - o meu preferido - mas já não toco há uns bons 10 anos
- Sou escuteira "desactivada", mas tenho imensas saudades
- Amo os meus amigos, a minha verdadeira família
- Sou pessimista e depressiva
- Sou de detalhes, muito...
- Desde Agosto que perdi uns kgs (poucos) mas muito volume
- De há uns meses para cá deu-me para a adolescência tardia e tenho a cara uma miséria
- De vez enquando passo-me da cabeça e faço grandes cortes de cabelo
- Não sou uma pessoa tranquila
- Não sou uma pessoa feliz (e sei que tenho aparentemente tudo para o ser)
- Sou teimosa, reinvindicativa
- Estou sempre a reclamar de alguma coisa (principalmente no trabalho)
- Vejo muito mal, uso óculos desde os 9 anos e estou cada vez pior mas em contrapartida tenho um ouvido muito apurado, distingo vários sons ao mesmo tempo, principalmente no trabalho, sei distinguir o barulho de vários aparelhos que apitam ao mesmo tempo e sei a que doente correspondem e so o telefone toca ao mesmo tempo também o distingo e sei qual dos telefones do serviço toca

Qualquer reclamação/dúvida é só dizer!

E., H. e M., vocês que são meus amigos e me conhecem em carne e osso não vale desmentirem nada, só podem acrescentar...
Não me magoa trabalhar 18 horas, não me magoa as alterações físicas e psicológicas que trabalhar por turnos me provoca, não me magoa o que as minhas colegas na sua mesquinhez pensam de mim, não me magoa saber que quero sair daquele sítio e não me é permitido. Magoa-me sim preocupar-me em ser boa enfermeira, em prestar cuidados de excelência e dignidade, em tentar dar o maior conforto e cuidado a um doente principalmente quando no seu pior momento tem que ficar numa maca num corredor e ainda ter que levar com as putas das chefes a dizer que tenho que justificar muito bem o facto de ter pedido mais um elemento para fazer noite! Mas eu agora tenho que justificar um trabalho bem feito? Esta profissão nunca vai a lado nenhum por causa destas merdas. Quando nós próprios boicotamos o nosso bom trabalho depois não me venham com a história do coitadinho. Detesto pessoas que gostam de ser medíocres. Eu adoro o que faço e adoro fazê-lo bem! Mas agora tenho que justificar o facto de tratar as pessoas como elas devem ser tratadas? Puta que as pariu mais a mania que são chefes!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Gaja que sou ando a querer este pendente desde que o vi quando fui a Paris, na loja da Swarovsky (não não é preciso ir tão longe para comprá-lo, Colombo também há). A minha mãe disse que mo oferecia mas teimosa como sou abdiquei dele porque não preciso dele. Para mim, um presente destes é um presente de amor. Não uso jóias no trabalho mas esta sem dúvida que usaria. Quem sabe não a compro eu para mim e me deixo de merdas. Tenho que me amar a mim enquanto não sou amada e amo como sonho.
Os meus amigos relembram-me frequentemente que não tenho motivos para me sentir infeliz, e teoricamente não tenho.
Não tenho tido uma vida fácil, prinipalmente pela solidão dos momentos, mas tenho conseguido muita coisa. Longe de casa desde os 15 anos, longe daquele sítio que deveria ser o local de fuga quando não se está bem, mas que na realidade é um sítio que nada significa para mim, onde vou cada vez menos apenas por obrigação.
Consegui a minha licenciatura (o Mestrado nem por isso está a querer ser conseguido, falta-me encontrar o motivo para o terminar), consegui o meu emprego nº1 e posteriormente o meu emprego nº 2, consegui o meu carro e a minha casa. Tenho verdadeiros amigos que, na medida das suas capacidades, me dão colo todos os dias. Tenho alguém a meu lado que me adora.
Isto tudo e mantenho-me infeliz com um sentimento de perda diário, brutalmente sozinha. Isto não é de hoje. Já dura há alguns anos. Não tem havido terapia ou medicação que ajude. Não tem havido nada que ajude. Tenho-me tornado numa pessoa horrivel, que não reconheço. Fria, má, agressiva. Não me reconheço, não me quero ver nesta pessoa.
A última relação deixou este buraco imenso em mim. Esta incapacidade de me deixar agora ser feliz com o R em quem encontro todos os dias um defeito que me incomoda mais que o anterior. Não posso, não quero contentar-me com o pouco quando sei que posso e mereço ter o muito. Não quero ser uma mulher de 50 anos infeliz numa relação que nunca esteve viva. Não quero ficar sozinha comigo.
Hoje estou assim, num dia muito muito mau.