quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Última noite

Hoje farei a minha última noite no meu serviço no HSM; felizmente acompanhada por uma colega amorosa.
A caminho de 6 anos de trabalho por turnos vejo-me hoje a recordar que não me importava nada de fazer noites, manhãs é que não! Com o tempo fui percebendo que as noites matam-nos um bocadinho de cada vez. É o corpo que não entende o porquê de estar acordado àquela hora a mobilizar corpos pesados, é a cabeça que ouve cada queixume como se se fosse um grito e cada grito como se fosse o terror. Com o tempo o meu limiar de paciência diminuiu; hoje está muito baixo, mesmo mesmo baixo.
De certa forma deixar de fazer noites vai trazer algum sossego ao meu corpo mas fazer manhãs... não sou uma pessoa de manhãs. Custa-me imenso acordar às 6:30; é sempre mais um bocadinho... E os dias são tão grandes!
Nada tem sido fácil. As decisões são quase monstruosas! Tento todos os dias dizer a mim mesma que algo de bom vai acontecer no meio desta reestruturação da minha vida. Oxalá!
Tenho-me mantido em pé, com muitos dias em que me apetece cair por terra. Tenho estado prestes a desmoronar várias vezes mas há sempre algo que me puxa cá para cima e me diz "só mais um bocadinho, está quase". Que esteja quase por favor.

1 comentário:

marie disse...

Claro que vão acontecer coisas boas! Tens que esperar por elas, porque elas vêm sempre ;) Força aí!